domingo, 6 de abril de 2008

Coleção do Museu Nacional do Azulejo de Lisboa




GALERIA DE ARTE DO SESI
AV. PAULISTA

O azulejo é uma marca da cultura artística portuguesa que no século XVI alcançou as colônias do seu império marítimo, incluindo o Brasil. A exposição As Coleções do Museu Nacional do Azulejo de Lisboa, que abre para o público no dia 8 de abril, na Galeria de Arte do Sesi, em São Paulo, mostrará a origem e a evolução dessa arte de revestimento decorativo, que em Portugal sofreu a influência do azulejar árabe e holandês. O precioso acervo, trazido pela primeira vez ao Brasil pela Espírito Santo Cultura, instituição responsável pelo trabalho de restauração dos azulejos da Ordem Terceira de São Francisco de Salvador (Bahia) e da Igreja do Outeiro da Glória (Rio de Janeiro), reúne 141 relíquias da coleção do Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, uma das mais importantes em todo o mundo.

A exposição abrange o período que vai do século XVI aos dias atuais e está apresentada de maneira cronológica para que o visitante possa perceber toda a originalidade da azulejaria. Além da importância histórica do acervo, os azulejos e cerâmicas — painéis, vasos, travessa e balaustres — mostram técnicas (ponta de diamante, enxarquetado e ponta de corda) e estilos distintos (barroco, rococó, neoclássico, art nouveau e art déco). Os motivos vão desde a influência árabe — arabescos, geométricos, mosaicos e composições que lembram tapetes persas —, até albarradas (florais), mitológicos, marítimos (alusão às descobertas de novas terras por Portugal), brasões de nobreza, cenas do cotidiano, hagiológicos (vida dos santos) e animais (principalmente macacos, influência da fauna das colônias tropicais).

“As Coleções do Museu Nacional do Azulejo de Lisboa” está organizada por século e estilo: As grandes encomendas de Sevilha, séc. XVI; As encomendas de Antuérpia. A primeira produção de Lisboa, séc. XVI; Os azulejos de repetição, séc. XVII; A figuração e a simbologia religiosas, séc. XVII; As composições heráldicas e os grotescos, séc. XVII; O encontro dos imaginários, séc. XVII (o novo mundo); As encomendas da Holanda e o ciclo dos mestres, séc. XVIII; A grande produção joanina, séc. XVIII; Do rococó ao neoclássico, segunda metade do séc. XVII; O romantismo e a arte das fachadas, séc. XIX; A arte nova e os azulejos de fachada, séc. XX; Os artistas do azulejo e da cerâmica, séc XX.

Entre as relíquias que se destacam pela importância histórico-artística estão o painel de azulejos do brasão dos Bragança, casa real de Portugal e do Brasil, de 1558; um rodapé com motivo de macacos, de 1565; os painéis com inspiração moura, dos séculos XVI e XVII; e um mural em motivo floral, do século XVII.
(texto: SESI - SP)



Galeria de Arte do SESI
08/04 a 20/07/2008
Segunda das 11h às 20h
Terça a sábado das 10h às 20h
Domingo das 10h às 19h
Entrada franca
Telefones 11 3146-7405 / 3146-7406

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