

MAM - IBIRAPUERA
SALA PAULO FIGUEIREDO
11 Abr a 22 Jun
O Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta a grande exposição de arte contemporânea brasileira e japonesa “Quando vidas se tornam forma: diálogo com o futuro – Brasil / Japão”, sob curadoria de Yuko Hasegawa, curadora do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio (MOT).
A mostra marca as comemorações do MAM-SP por ocasião do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil (iniciadas em 2007 com a mostra “Semear”, de Rinko Kawauchi) e abrange aspectos da arquitetura, da arte, da moda e do design em cerca de 140 obras (de 21 artistas brasileiros e 18 japoneses) que usam a tecnologia e o cotidiano e guardam relações entre si, mesmo vindas de culturas tão diferentes quanto a brasileira e a japonesa.
(Texto: MAM)
Curadora do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio, Yuko Hasegawa teve a tarefa de fazer, a convite do Museu de Arte Moderna de São Paulo, uma mostra para as comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil. O resultado foi a exposição Quando Vidas se Tornam Forma: Diálogo com o Futuro - Brasil-Japão, que será inaugurada na quinta-feira, 10, no MAM e que reúne trabalhos de 21 artistas brasileiros e de 18 japoneses (alguns deles fizeram residência em São Paulo e criaram obras especiais). "Como diz o título, a mostra tem a ver com o que acontece no cotidiano, com as coisas corriqueiras que se transformam em arte", diz a curadora. Nesse sentido, o viés escolhido por ela foi ampliar o leque de gêneros dos trabalhos criando também núcleos com peças de design, moda, arte e música, o pop e arquitetura para além da pintura, escultura, desenho, foto e vídeo - sacos de lixos pretos, "desagradáveis", se transformam em vestido criado pelo estilista Jum Nakao ou mesas e cadeiras criadas pelos irmãos Campana se tornam "esculturas para serem usadas", assim como as poltronas de papel de Yoshioka.
Na entrada da mostra, a curadora elege dois vanguardistas das experiências que unem arte e vida: o carioca Hélio Oiticica (1937-1980) por meio dos seus parangolés, da década de 1960, e obras dos anos 50 e 60 de Atsuko Tanaka (1932-2005). A transposição deles para a contemporaneidade é apresentada com o trabalho de Kiichiro Adachi, uma cabine telefônica de vidro e espelhada por dentro, que tem em seu interior um globo de discoteca e fone de ouvido.
Ao longo da mostra, percebe-se que as passagens e uniões entre as criações dos dois países são bem sutis. A curadora privilegia obras que falam de transformações do interno para o externo. Sob os temas do espaço e da micropolítica, as obras exprimem que as atitudes não são radicalmente explícitas para dizerem suas mensagens. Delicados bordados de Leonilson estão ao lado de obras de Aoko e Ito. Há ainda as serigrafias Zero Dolar, Zero Cruzeiro e Zero Centavo, de Cildo Meireles, que tratam do político com engajamento inteligente. E Lucia Koch dá outra dimensão ao espaço interno ao fotografar e colocar em imagens ampliadas o interior de caixas de papelão. Já sobre a nova ordem geométrica, há a mistura de obras mais antigas (entre elas, de Mira Schendel e de Tomie Ohtake) com recentes, como a explosão de cores de Beatriz Milhazes e Kohjin.
A arquitetura também é colocada de forma delicada, apresentando construções de vidro para ficarem no meio da natureza e não na cidade: uma grande maquete da Flower House da dupla SANAA dialoga com fotos e desenhos da Casa de Vidro da ítalo-brasileira Lina Bo Bardi.
(Texto: Camila Molina, de O Estado de S. Paulo)Horários
terça a domingo e feriados das 10h às 18h
Ingressos
R$5,50
ENTRADA GRATUITA: domingos, durante todo o dia, aos menores de 10 anos e maiores acima de 65 anos, sócios do MAM e funcionários das empresas parceiras.
Meia entrada: aos estudantes com a apresentação da carteirinha.
Parque do Ibirapuera, portão 3 - s/nº
São Paulo - SP - Brasil
04094-000
Tel.: (11) 5085-1300
Fax: (11) 5085-2342
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